Sem precisar ir longe, pão orgânico é orgulho de Manoel em portinha

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Sem precisar procurar longe pelos cada dia mais famosos pães de fermentação natural, quem mora na Vila Marli sabe do orgulho que uma portinha tem em vender os caseiros. Especializado nos pães artesanais e orgânicos, Manoel conta que a técnica pode ser novidade para uns, mas é sua vida há 30 anos. Quem passa pela Rua Tenente Lira costuma encontrar os pães disponíveis, mas, mantendo a tradição de ir até o cliente, Manoel conta que dois entregadores facilitam a vida dos moradores. “Cada um leva uma boa quantidade e vai indo de casa em casa. Nós já temos clientes fixos, então sabemos que dá certo”. Trabalhando de segunda até domingo na panificação, o homem chega cedo para dar início aos processos e conta que cada pão caseiro leva seu tempo para ficar pronto. “Como não uso fermento industrializado, precisa ser o natural, começo cada pão no dia anterior. São mais de 15 horas nesses preparos”. Por acreditar que o processo natural dos pães não é algo que deva ser gourmetizado, na portinha a maioria das opções é vendida a R$ 10, sendo que alguns custam R$ 15 como o pão de milho. E, vendendo a ideia de produção tradicional, ele conta que viver dos pães continua dando certo. “Geralmente faço mais de 60 pães por dia e nós costumamos vender tudo, inclusive a maioria na venda de porta em porta. Os clientes gostam e até por isso que a gente funciona até domingo na hora do almoço. Quem não consegue comprar na semana, garante sábado e do domingo”, explica. Aplicando a técnica no pão tradicional, de milho e, dependendo do dia, em alguns doces, Manoel conta que graças às receitas ele já foi parar até em Manaus. Voltando para quando sua história com a panificação começou, ele relata que aprendeu tudo graças à irmã. “Ela já fazia no Mato Grosso e eu saí daqui, fui para lá. Quando tinha vinte e poucos anos aprendi e comecei a vender com ela na feira. A gente produzia tudo e deu muito certo, desde então não parei mais”, relembra Manoel. Com alguns anos trabalhando ao lado da irmã, ele decidiu que queria conhecer outros lugares e, assim, foi para Manaus. “Lá eu fui fazer pão também, mas trabalhava em uma panificadora, não era mais feira. Aprendi ainda mais coisas, continuei com as receitas que eu já sabia e depois voltei para Campo Grande”. Após ter retornado para Mato Grosso do Sul com a família, ele narra que não pensou duas vezes sobre como iria recomeçar em Campo Grande. Logo no início encontrou um espaço para poder vender e aos poucos foi convencendo os clientes. Além da fermentação ser natural e mais saudável, Manoel defende que os pães dão certo por atingir um público amplo. “Como eu uso trigo, água e sal na base de todos, sem leite, sem ovos, quem não como essas coisas pode comprar o pão. É algo que dá certo”. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) .

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