Com segurança reforçada, quatro homens são julgados, nesta quinta-feira (9), acusados de degolar Tiago da Silva de Jesus, 17 anos, no chamado "Tribunal do crime" da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O caso ocorreu em 2019 e o corpo de Tiago foi encontrado na calçada de uma escola, na Rua Onze Horas, no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande. Sentam no banco dos réus: Felipe Uchôas Barão, Matheus Henrique de Oliveira Moraes, Matheus Pereira Fernandes e Weuller Gabriel Silva de Almeida. O dono da casa onde a vítima foi mantida em cativeiro, Dorvaci Nogueira Bezerra, e Mailson Pereira Meaurio, que vigiou o local, foram intimados e não compareceram ao júri. O delegado que acompanhou o começo das investigações, Ricardo Meirelles, foi ouvido no Tribunal do Júri nesta manhã e confirmou que a morte envolveu briga de facções criminosas. Tiago era natural do Mato Grosso e pertencia ao CV (Comando Vermelho). No dia 7 de janeiro de 2019, ele foi julgado por 12 horas e morto degolado numa casa do Jardim Botânico por integrantes do PCC. A sentença de morte, conforme a polícia, foi dada por um interno do presídio após o menino, durante uso de drogas, confirmar que seria do CV. A vítima foi executada no imóvel, na sequência enrolada em cobertores e desovada atrás de um carro velho, na calçada do muro da Escola Municipal Irene Szukala. O adolescente teve a morte divulgada no próprio Facebook horas depois que o corpo foi achado. A matéria do Campo Grande News , que divulgou o crime, foi compartilhada no perfil de Tiago às 13h20 do dia 8, poucas horas depois de o corpo ser encontrado. A mesma notícia foi enviada à irmã do adolescente por mensagem, junto com o aviso para que a família buscasse o corpo dele na Capital de Mato Grosso do Sul.