Presente no Centro da Capital, 5G não está na maioria dos bairros

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Apesar de Campo Grande ser referência nacional na implementação da conexão de internet 5G, o acesso a essa tecnologia ainda está mais presente em regiões centrais. Levantamento do Campo Grande News , com base em dados do Conexis (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), indica que de 165 bairros mapeados, 48 têm, ao menos, uma antena 5G. Os demais 117 não possuem. O Centro possui maior número de estruturas, um total de 14. Em seguida, os outros bairros com melhor sinal são Santa Fé (seis antenas) e Jardim dos Estados (três). Estão inclusas antenas das empresas Tim, Vivo e Claro. Possuem duas antenas os bairros Amambaí, Monte Castelo, Carandá Bosque, Chácara Cachoeira, Jardim Tijuca, São Francisco, Mata do Jacinto, Estrela Dalva, Tiradentes, Recanto dos Pássaros, Vila Duque de Caxias e Zona Rural. Diretor-presidente da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), Paulo Fernando Cardoso explica que o papel do município foi preparar a legislação para que as operadoras responsáveis pela implementação da nova tecnologia pudessem fazê-la. “Campo Grande foi uma das primeiras capitais que publicou uma legislação e depois fez um decreto regulamentário”. “O que a prefeitura faz é isso, até porque não é responsabilidade do município cuidar diretamente da questão da telefonia móvel”, ressalta. Em abril de 2022, foi publicada a Lei Complementar n. 447, que dispõe sobre as normas urbanísticas específicas para a instalação das estruturas de suporte para as ETRs (Estações Transmissoras de Radiocomunicação), autorizadas e homologadas pela Anatel. Segundo Cardoso, a entidade auxiliou tanto a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) quanto o Ministério das Comunicações para que o 5G fosse implementado no País. “Eles fornecem um acompanhamento, tratam direto com as operadoras, para que os municípios possam acompanhar e ver se estão contemplados pelas antenas. No Estado, só Campo Grande e Três Lagoas têm”. Este padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga começou a ser implementado em 2018 e é o sucessor das redes 4G, que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. Vale ressaltar que somente aparelhos capacitados podem se conectar no 5G, cuja velocidade pode ser centenas de vezes superior. Falta de acesso – Já em relação à conexão 4G, o Centro continua como bairro com maior número de antenas 4G mapeadas, 30, seguido pela Zona Rural (16), Aero Rancho (13) e Santa Fé (12). Amambaí, Nova Lima e Universitário têm 11 cada. Somando todos os tipos de conexão, 12 bairros têm apenas uma antena e ocupam a posição de lugares com menor estrutura – são eles Botafogo, Iracy Coelho Neto, Jardim Céu Azul, Jardim Colorado, Jardim Radialista, Jardim TV Morena, Moema, Morada Verde, Praia da Urca, União, Vila Futurista e Vila Marli. “Acredito que a falta da tecnologia se deve à questão da legislação, se o município não mudou a regra para que possam implementar, eles não implantam. Por isso, foi importante Campo Grande e Três Lagoas terem mudado. A Anatel ofereceu uma minuta a todos os municípios e isso mostra como a Capital está evoluída, neste sentido. Nos reunimos com outros municípios e oferecemos o modelo de Campo Grande, para que eles também façam”. Acesso – Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) aponta que, em 2021, dos 947 mil domicílios particulares permanentes de Mato Grosso do Sul, cerca de 873 mil (92,2%) utilizavam a internet. Dentre os equipamentos pesquisados, o celular continua sendo o mais utilizado para navegar na rede (99,5%). Na comparação com os anos anteriores, o crescimento do uso do celular para acesso à internet aumentou 0,9 ponto percentual em relação a 2016 (98,6%) e diminuiu 0,2 p.p em relação a 2019 (99,7%). A televisão foi o segundo equipamento utilizado para acesso à internet, alcançando 45,4% em 2012. Esse número é 37,3 pontos percentuais superior ao encontrado em 2016 (8,1%) e 9,4 pontos percentuais em relação aos dados de 2019 (36%). Adicionalmente, a categoria computador ou tablet foi a terceira mais utilizada para conexão à rede, estando presente em 44,3% dos domicílios sul-mato-grossenses que utilizarão a Internet em 2021. No entanto, esse uso foi reduzido se compararmos ao percentual encontrado em 2016 (54,9%) e em 2019 (45,7%). Ainda no Estado, o percentual de pessoas com telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu ligeiramente de 2016 (84,6%) para 2021 (88,5%). Em 2012, 89,1% das mulheres e 87,9% dos homens tinham celular para uso pessoal. O uso se concentra mais em pessoas na faixa etária dos 30 a 39 anos (20,8%) e a menor a do grupo de 10 a 13 anos (4,6%). Os idosos de 60 anos ou mais apresentaram 13,8% de posse de celular dentro do total. Dos motivos alegados pelos entrevistados para não terem celular de uso pessoal, quatro se destacaram: alto custo do aparelho e/ou dos serviços telefônicos (35,4%); não sabiam usar (20,8%); falta de interesse de ter telefone móvel celular (15,0%); e costumavam usar o telefone móvel celular de outra pessoa (14,6%). Projetos – Remav 2.0 (Rede Municipal de Alta Velocidade) deve conectar mais de 400 localidades, ultrapassando 500 quilômetros de cabeamento e a oferta de internet grátis para mais de 100 pontos em Campo Grande. Os recursos para a implementação do projeto foram obtidos via governo federal, com o Pró-Cidades. Segundo o diretor de Infraestrutura e Segurança da Agetec, Jeferson Bussula Pinheiro, da área técnica responsável pelo projeto, a proposta visa estabilizar a distribuição do sinal de internet e garantir maior capacidade no tráfego de dados com menos interferências naturais, como em caso de ventos, chuvas e tempestades, “trazendo ao poder público mais economia com uma menor necessidade de manutenção da rede”. Outro projeto a ser apresentado é o da Cetim (Central de Tecnologia, Inteligência e Monitoramento), que vai potencializar e integrar ações, agregando mais eficiência aos serviços de atendimento à população.

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