“Matei sua irmã”: cunhada de suspeito de atropelamento destaca relação violenta

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A cunhada de Michel Geraldo Amorim Gomes, 30 anos, foi à delegacia hoje na esperança de que ele tivesse se entregado depois de atropelar a esposa, irmã dela, com um caminhão-guincho. Logo após a tentativa de homicídio, ela recebeu ligação dele, em que disse: “Matei sua irmã, ela tá lá no chão”. A delegada Larissa Franco Serpa, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) pediu pela prisão preventiva do motorista, mas ainda não há informação se foi deferido pela Justiça. Michel Gomes já tinha sido alvo de ação da esposa, que pediu medida protetiva contra ele, por violência doméstica. A mulher, de 35 anos, foi levada à Santa Casa de Campo Grande, e segue internada na enfermaria, consciente, orientada e respirando sem ajuda de aparelhos. Segundo assessoria, ela sofreu fratura nos arcos costais e membro inferior esquerdo e segue sob cuidados da ortopedia. Ligação – A cunhada de Michel, que não quer ser identificada, disse que os dois viveram três anos de relacionamento turbulento. “O passado dela com ele não era bom, já era de agressão, era muito ciumento, ela também”, disse. A cunhada relembrou o episódio de que ele atropelou a moto da mulher com o carro e a agrediu. Depois disso, foi denunciado e passou a usar tornozeleira eletrônica. Dessa vez, foi avisada por ele sobre a nova agressão. Depois da ligação, foi até o local do atropelamento, no Bairro Universitário e encontrou a irmã ferida. “Cheguei lá e vi toda quebrada: quebrou tórax, costela, tornozelo, com corte profundo no braço, imagina, um caminhão passar por cima, vai ficar como? Acabou com ela”. A mulher disse ao Campo Grande News que também recebeu vários áudios dele , em que dizia que o ato era um "presente", já que a vítima fez aniversário de 35 anos no dia anterior. Testemunhas disseram a ela como aconteceu o atropelamento. Michel Gomes usou caminhão-guincho da empresa em que trabalha, no Jardim Noroeste. Ele ainda deu ré no caminhão para atingir a mulher novamente. Só não conseguiu pois outro condutor parou veículo atrás, impedindo que ele conseguisse fazer a manobra. Após o crime, a casa foi incendiada, contudo, a polícia não confirma se foi Michel que ateou fogo. Equipe dos bombeiros usou cerca de 2 mil litros de água para apagar as chamas, que atingiram três cômodos da residência. Pelo Facebook, Michel Gomes avisou a cunhada que iria à polícia se entregar, acompanhado de advogado. Por isso, ela foi cedo até a sede da Deam, mas não o encontrou. “Acho que não vai não, ele é um covarde mentiroso”. Mesmo sabendo do histórico do casal, ela diz que jamais esperou esse desfecho. “Nunca imaginei que ele fosse passar em cima dela com caminhão, ainda mais ligar para falar que matou ela; ele acabou com minha família”.

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