Indígenas prometem manter a rodovia bloqueada até o fim da votação do STF

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Um enorme engarrafamento se forma na MS-384, entre Antônio João e Bela Vista. Cerca de 50 indígenas guarani-kaiowá bloquearam o trecho no km 034, próximo ao distrito do Campestre. O local tem um significado muito importante para os povos tradicionais. Foi ali que o líder Marçal de Souza foi assassinado em 1983, durante disputa do território indígena. Centenas de carretas de calcário que passam pela rodovia seguem perfiladas aguardando a liberação da pista. A PMR (Polícia Militar Rodoviária) está no local. A mobilização ocorre em outros estados do país. Mulheres e crianças formam a maioria do grupo dos manifestantes que prometem ficar no local até o término da votação do marco temporal, no STF (Supremo Tribunal Federal). Ou seja, por tempo indeterminado. Além de fazer uma barreira humana e com pedaços de madeira, eles cantam músicas na língua indígena. Entenda – A sessão de julgamento da ação que pode determinar o marco para as demarcações de terras indígenas foi retomada com o voto-vista do ministro André Mendonça. Até o momento, o placar segue 2 a 1 a favor da data da promulgação da CF (Constituição Federal) como ponto de partida para definição da ocupação tradicional da terra por indígenas. Os povos originários são contrários, pois a tese descarta que comunidades estavam presentes nos territórios anteriormente a essa data e desconsidera a história da grilagem de terras no Brasil. Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra ele, e Nunes Marques se manifestou a favor. Além de André Mendonça, faltam os votos dos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

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