“Estamos diante do dia mais importante de toda nossa geração, quando estamos falando de país, de democracia”, disse a senadora Simone Tebet (MDB), 3º colocada na disputa presidencial, ao chegar na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, no centro de Campo Grande. Simone acrescentou que “está do lado certo da história” e enfatizou que, qualquer que seja o resultado, é importante defender a democracia. A senadora chegou acompanhada do marido, o secretário Estadual de Governo, Eduardo Rocha e assessores. Em entrevista antes de votar, Simone disse que espera que o dia transcorra de forma serena. “E o mais importante, que a vontade do eleitor seja acatada”. Depois de conquistar 4,915 milhões de votos, 4,2% do total dos votos válidos no 1º turno, Simone se posicionou a favor do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, justificando que o fez a favor da democracia e por acreditar que a continuidade de Jair Bolsonaro no cargo é prejudicial ao País. Em Mato Grosso do Sul, irá votar no candidato do PSDB, Eduardo Riedel. O apoio a Lula, porém, não é personificado. “Eu não defendo Lula, nem PT, nem 13, eu defendo um Brasil de todos inclusive, generoso, solidário, defendo um projeto de poder e de País que inclua os 210 milhões de brasileiros”, explicou. “Um Brasil que não discrimine, que não seja homofóbico, misógino, que não seja racista e dê oportunidade para todos”. O apoio foi condicionado à inclusão de cinco pontos existentes no projeto do MDB: educação básica como prioridade, igualdade salarial entre homens e mulheres, ministérios com participação paritária, zerar fila de exames e programa de renegociação de dívidas para quem recebe até três salários mínimos. Simone voltou a afirmar que, no caso da vitória de Lula, não tem pretensão a assumir qualquer cargo. “Sou candidata a servir o país”. Sobre votar em Mato Grosso do Sul, em que a maioria do eleitorado preferiu Jair Bolsonaro para reeleição, disse que está feliz. “Como brasileira que sou e sul-mato-grossense, mesmo em um estado que pensa diferente de mim, estou feliz por estar aqui me posicionando com a coragem de mulher brasileira, de mulher sul-mato-grossense”. Sobre os protestos que enfrentou pela decisão de apoiar a candidatura do PT no 2ª turno, diz que isso faz parte do momento que o Brasil vive. “Mais uma razão porque eu luto pela democracia, democracia é direito da maioria, sempre olhando e protegendo as minorias, garantir a liberdade de expressão, de ir e vir”. A senadora acredita eleitores extremistas possam passar por processo de “desintoxicação” das fake News. “Depois que eles tiverem novamente alimentos com informação correta, o povo brasileiro vai serenar os ânimos”. Após votar, Simone disse que irá visitar família, já que está há um mês longe de casa e, depois, vai para São Paulo acompanhar o resultado da votação. Simone aguardou pouco tempo na fila e votou logo em seguida. Na escola, encontrou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, que também vota no mesmo local.