Ex-servidor público federal de 42 anos foi condenado a pena de dois anos e um mês de prisão por ter desviado R$ 55,717 mil do caixa da agência de Correios em Figueirão, a 258 quilômetros de Campo Grande. O dinheiro foi usado para pagar contas pessoais, como aluguel, água, luz e telefone. A condenação foi definida pelo juiz da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Bruno Cezar da Cunha Teixeira no dia 22 de novembro, sendo publicada hoje (24) no Diário da Justiça do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região. A denúncia do MPF (Ministério Público Federal) narra que, entre os anos de 2016 e setembro de 2017, o então gerente da agência dos Correios de Figueirão aproveitou-se para desviar, de forma reiterada, os valores depositados no caixa da instituição. O golpe foi descoberto em setembro de 2017, quando outro funcionário realizou a conferência financeira e notou ausência de um numerário, que totalizava R$ 55.717,36. No processo administrativo, o réu confessou o desvio, que se enquadra no crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal. No âmbito administrativo, o servidor foi demitido da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) e também respondeu ao processo criminal, após denúncia do MPF. No processo, o ex-gerente disse que se apropriou dos valores à disposição no Sistema Postalis, espécie de sistema de débito eletrônico operado na agência. Usou o dinheiro para pagar boletos e títulos, sob alegação de endividamento particular. Também disse não se recordar da data que começou a desviar dinheiro, nem quanto. O juiz considerou provas contundentes do crime e condenou o ex-gerente por peculato. A pena de dois anos e um mês de reclusão, com 11 dias-multa, em regime aberto, foi substituída por duas restritivas de direitos, com prestação pecuniária e de serviços à comunidade. Também deve devolver a quantia de R$ 51.426,53, descontado valor anteriormente repassado. O ex-gerente também já foi candidato a vereador por Figueirão, em 2016.