Veto à ação da PM no Nova Campo Grande foi estopim para operação contra tráfico

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A proibição de policiamento de quatro militares do BPMChoque (Batalhão de Policiamento de Choque) na região do Nova Campo Grande foi o ponto de partida para Operação Imbirussu, que prendeu nove pessoas e apreendeu pelo menos um quilo de cocaína e R$ 40 mil de bocas de fumo. A Operação Imbirussu cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e prendeu nove pessoas em flagrante durante a ação, que envolveu 120 policiais civis de várias delegacias de Campo Grande e contou com apoio do helicóptero. Os três delegados da Denar falaram sobre a operação, em coletiva realizada há pouco e falaram sobre a crescente onda de criminalidade na região, a partir da decisão judicial que proibia a ação dos PMs do Choque. Em abril deste ano, o juiz titular da Auditoria Militar, Alexandre Antunes de Oliveira, determinou que quatro militares do Choque, que atuavam na região da Vila Popular, Nova Campo Grande e Jardim Aeroporto. Os PMs haviam sido denunciados por moradores da região e, por conta disso, estavam proibidos de se aproximarem das vítimas e familiares deles, em limite mínimo de 500 metros, além de estarem proibidos de tirar serviço nas áreas de atuação compreendidas pelas residências das vítimas e testemunhas do caso. “Essa determinação da Justiça foi pontual, porque proibiu alguns policiais e gerou falsa ideia de que qualquer incursão estava proibida, o que não é verdade”, disse o delegado Bruno Santacatharina. “Os traficantes se achavam blindados pela Justiça, blindados de qualquer intervenção e o tráfico cresceu. Hoje demonstramos que não é assim”. Operação – O delegado Hoffman D'Ávila não divulgou nome dos presos, apenas disse que os nove presos tem idade de 20 a 40 anos e todos tem passagem por tráfico. Uma delas, responsável pela “Boca da Buga”, já tem três passagens pelo crime. No ponto de venda da Buga, a polícia encontrou 1 quilo de cocaína dividido em 500 papelotes. Segundo o delegado, a “Boca da Buga” abastecia outras bocas menores. Também foram encontradas máquinas de cartão, balanças de precisão e celulares, que serão periciados. Foram apreendidos R$ 40 mil em espécie, mas o prejuízo estimado é maior, que os traficantes também aceitavam pagamento em Pix, cartões de crédito e débito. Somente na “Boca da Buga”, calcula-se que o prejuízo seja de R$ 50 mil. O delegado Roberto Guimarães disse que a operação foi bem recebida por moradores da região, por conta do aumento de pequenos delitos, como furto e roubo, em decorrência da sensação de impunidade dos traficantes.

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