A contadora Laís Zanotin, 28 anos, mal conseguiu dormir de ontem para hoje. Mesária voluntária, se preocupava com eventuais “intercorrências” durante a votação, como classificou tumultos provocados por eleitores que votam na Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, no Dom Antônio Barbosa, a maior colégio eleitoral de Campo Grande. “Já vi muita gente alcoolizada na nossa seção, a gente tenta atender da melhor forma”, disse ao Campo Grande News , enquanto fazia lanche rápido, ante de abrir a seção 464. "Se a gente não consegue resolver, chama o presidente da seção". Na escola, onde funciona a zona eleitoral 53, votam 8.492 pessoas. Laís mora no Dom Antônio e é mesária voluntária desde 2020. Diz que nunca viu uma eleição como essa. “Negativamente falando”, enfatizou. “As pessoas não estão sabendo respeitar a opinião do outro. Acho que, dependendo do resultado hoje, vai ter confusão, os apoiadores dos dois lados da presidência estão fanáticos”, avalia. "Eu tenho receio este ano, está muito acirrado, as pesquisas mostram empate entre os candidatos, praticamente, mas tudo pode mudar". A mesária disse que, apesar das eventuais confusões, fez questão de se inscrever. “Acho importante o trabalho que o mesário desempenha no dia das eleições”, diz Laís. Porém, como eleitora, está desestimulada. “Melhor opção nós não temos, espero que o menos pior vença”. Colega de seção, o vidraceiro Alexandro Gonçalves da Silva, 38 anos, é estreante como mesário, mas já vivenciou experiência de ter que lidar com eleitor embriagado no 1º turno. “Fora isso, foi tranquilo”. Residente no Parque do Sol e se inscreveu para melhor pontuação em eventual concurso que prestar. Apesar do foco pessoal ser profissional, também acha importante o processo eleitoral. “Espero que as pessoas não suspeitem da alteração da urna, porque as urnas são confiáveis”, disse. “Que o melhor vença”.