Em quatro anos, a Prefeitura de Campo Grande arrecadou R$ 5.682.439,11 com a alienação de imóveis. Foram 19 imóveis públicos vendidos entre 2018 e este ano, conforme levantamento da reportagem no Portal da Transparência. Esse recurso corresponde, por exemplo, à folha de pagamento da Agetran (Agência Municipal de Trânsito). Segundo a secretária Márcia Helena Hokama, da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças), o que é arrecadado com essas vendas é usado para aquisição de outras áreas, que servirão para desapropriações. “Esse dinheiro é disponibilizado para fazer aquisições de outras áreas necessárias para benfeitorias à população, como praças”, diz. Nesse sentido, conforme a titular de finanças, o que é arrecadado com as alienações de bens públicos evita que recursos próprios do município sejam gastos. “Normalmente, os bens alienados servem para comprar outros bens, fazer benfeitorias”, reforça, enfatizando que seu uso não é livre, não podendo ser empregado em áreas distintas. Um dos imóveis mais caros vendidos pela prefeitura nos últimos anos é um terreno de 2.088,01 metros quadrados ao custo de R$ 927 mil no Bairro Cophavila II, na Rua Lúcia Martins Coelho, de esquina com a Avenida Gunter Hans. A venda foi feita no ano passado. Outro imóvel de alto valor vendido em 2021 foi na Avenida João Arinos, no Bairro Desbarrancado, cujo custo era R$ 556 mil e ainda outro na mesma região que foi vendido por R$ 770,7 mil. Em 2018, a alienação foi de imóvel de R$ 537,6 mil com 301,90 metros quadrados, na Rua Jeribá, de esquina com a Raul Pires Barbosa, no Bairro Chácara Cachoeira. Há terrenos em vários bairros da Capital, como Vila Espanhola, Bairro Nossa Senhora das Graças, Vila Progresso, Jardim dos Estados, Aero Rancho, Miguel Couto, Vila Estephania, Nova Lima, Carandá Morada Verde, Jardim Veraneio, Vila Ipiranga, entre outros. Sem venda – Há ainda diversos imóveis que tiveram alienação liberada, mas que não foram vendidos, maioria deles com valor de mercado acima de R$ 500 mil e outros superiores a R$ 1 milhão, como um terrenos no Jardim Vilas Boas, ao custo de R$ 1,8 milhão e outro de R$ 1,1 milhão, no loteamento San Marino Park.
