“Vão reparar aquilo que eles mesmos estragaram”, diz secretário de Segurança

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Após rebelião de presos em Cassilândia, nesta quarta-feira (22), o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, afirmou que a própria mão de obra carcerária irá reparar o que foi danificado na penitenciária. "Vamos usar a mão de obra dos presos para reparar aquilo que eles mesmos estragaram", afirmou em entrevista. Videira explicou que a briga começou entre dois presos. "Começaram uma briga por causa do furto do dinheiro de um outro preso. Ladrão roubando ladrão", disse. Em seguida, começou uma briga generalizada, que ocasionou em uma revista em todo o presídio. "O produto furtado foi localizado", pontuou. Não contentes, os detentos começaram a rebelião. "Partiram para motim", disse Videira, pontuando que a confusão não tem envolvimento com facção criminosa. Além de a restauração ser feita por detentos, o secretário afirmou que todos os presos identificados que danificaram celas e atearam fogo em colchões irão responder por dano ao patrimônio. Entenda – A rebelião começou no início da tarde de ontem (22) por um grupo com cerca de 40 presos e se estendeu para todo o presídio de Cassilândia, município que fica a 419 km de Campo Grande. Eles queimaram colchões para usar como barreira e não aceitavam diálogo com as equipes policiais. A situação ficou restrita à área dos pavilhões, sendo preservadas as áreas administrativas e portaria. Não houve reféns e nem feridos. Por volta das 20 horas, a Agepen (Agencia Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que foi feita a retomada do presídio pelos policiais penais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias), que também realizaram a conferência geral dos internos. "Graças ao trabalho conjunto das forças de segurança, envolvendo também as polícias Militar e Civil, sob comando da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, bem como o apoio de autoridades locais, foi possível minimizar danos", pontuou a pasta, classificando a situação como "fato isolado ao presídio de Cassilândia, não tendo ocorrido reflexos em outros estabelecimentos penais do Estado". A Agepen informou que está fazendo os levantamentos dos danos causados e transferiu 107 internos com apoio das equipes do GEP (Grupamento de Escolta Penitenciária). As visitas de familiares, que ocorreriam no domingo, 26 de março, foram suspensas. Videira explicou, ainda, que a maior parte dos presos foi encaminhada para a Capital, mas que assim que a reforma terminar – sem prazo definido – eles retornam a Cassilândia.

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