O passageiro de ônibus já tem data para pagar mais caro pela tarifa, a partir de primeiro de março, mas segue sem previsão de ver melhoras na hora de esperar pelos veículos em Campo Grande. O aumento na passagem será de 25 centavos, passando de R$ 4,40 para R$ 4,65. Na Marquês de Lavradio, no Bairro Tiradentes, o ponto que leva a numeração 2989 é uma estaca de cor laranja fincada na calçada, tomada pelo mato. O local de embarque e desembarque fica em frente a residencial. “Vejo com certa frequência as pessoas esperando o ônibus. Muitas ficam do outro lado da rua e saem correndo, com risco de ser atropelada quando o ônibus vem. Dá dó das pessoas”, diz o comerciante José Valdenir Rocha, 56 anos. Na Avenida Duque de Caxias, os pontos até têm bancos no trecho até o Aeroporto Internacional. Depois, há uma sucessão de postes alaranjados e com a marca Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e poucas unidades com cobertura. “A maioria é só o poste”, diz Karen Gamarra. Já no bairro onde mora, no Jardim Inápolis, há até ponto fantasma. A estaca demarcando a parada do ônibus caiu e o motorista só para nesse trecho da Rua Reino Unido se for antigo na linha. Pelas avenidas, predominam pontos antigos, com cobertura oxidada e instalada há mais de uma década. Na Duque de Caxias, o leitor Vinícius Santana registrou a situação do ponto de ônibus "238", que tem cobertura destruída. No caso de chuva, ele ironiza que não há para onde correr. "Quer aumentar o ônibus, mas e o ponto de ônibus?" Campo Grande tem 4.386 pontos de embarque e desembarque, mas 2.143 não contam com cobertura e assento. A reportagem questionou a prefeitura de Campo Grande se há cronograma para substituição dos pontos de ônibus, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.