Traficar drogas é uma atividade de altíssimo risco. Ser presidente deste país, não fica atrás. Será o eleitor brasileiro tão incompetente por só eleger notórios criminosos? A alternativa a essa posição é a de que passou a existir uma forte politização do judiciário nos últimos anos. A regra construída é a de que, após o término do mandato, o ex-presidente será certamente preso. Assim foi com Lula, Temer e estamos caminhando para ver a prisão de Bolsonaro. A exceção foi Dilma. Por pouco. Por um fiapo não a colocaram no xilindró. Um ciclone de acusações foram e estão sendo feitas a todos. Lula, o triplex e outras dez acusações. O juiz Moro condenou Lula a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia original acusava o ex-presidente de receber propina da empreiteira OAS. Segundo a turma de Dalagnol, Lula teria participado de forma consciente de um esquema que envolvia R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas. Além de ter recebido um triplex no Guarujá, diga-se de passagem, na pior praia dessa cidade, também era acusado de ser dono de um sítio em Atibaia e de utilizar o Instituto Lula para receber vantagens. Presenciamos a justiça por um fim a todas essas acusações. Temer e as propinas de 40 anos. Como por encanto, surgiu um novo Moro no Rio de Janeiro. Seu nome era Marcelo Bretas. Era uma figura estranha. Aparecia nas redes sociais apresentando seu físico esculpido na marombagem. E eu que pensava que um juiz deveria ter um cérebro esculpido na prática da justiça… Esse juiz não se fez de rogado, apresentou dez denúncias contra Temer. Algumas delas, garantiam que o ex-presidente recebia propina há 40 anos. Versavam sobre desvio de dinheiro na construção de fóruns, no setor de energia e no Porto de Santos, sua base eleitoral mais antiga. Temer pouco cheirou o odor fétido da cadeia, foi solto após seis dias. As acusações que pesavam sobre ele, foram parar no mesmo lugar que as de Lula: na lata de lixo. As 16 ações contra Bolsonaro. O ex-presidente enfrenta 16 ações na justiça. Os especialistas dizem que aquelas que versam sobre abuso político, abuso econômico e uso indevido de meios de comunicação serão as primeiras a serem julgadas. Todavia, a de maior clamor popular são as que debatem as vendas de jóias e de um relógio. Bolsonaro as teria subtraído do patrimônio do governo. Perdi meu tempo lendo leis e normas. Nada indica que esses papéis serão essenciais nos julgamentos. Afinal, esses presentes são patrimônio da União ou Bolsonaro era deles proprietário? Inicialmente, acreditava piamente que não o colocariam na masmorra. Deixei de crer, após a barulheira causada pelo militar Mauro Cid. Tenho sérias desconfianças que Bolsonaro irá para a cadeia. A pergunta é: a prisão será padrão Temer ou Lula? Por um instante ou de longo prazo?