O padeiro Juliano Azevedo, 28, preso por matar Mikaele Oliveira, 22, afirmou em seu depoimento à polícia que os filhos da vítima estavam em uma cadeirinha infantil para uso veicular, em frente à residência do casal quando o crime aconteceu. No entanto, a linha de investigação aponta que as crianças, menino de 1 ano e menina de 4 anos, presenciaram a morte. A informação foi apresentada pela delegada responsável pelo caso, Karolina Souza Pereira Bernardes, em entrevista a veículos de imprensa do interior, na noite desta segunda-feira (11). A titular disse que o acusado se apresentou à delegacia de Anastácio, cidade a 122 quilômetros da Capital, com instrução dos advogados de defesa. A prisão preventiva dele já estava decretada e Juliano segue detido após dar sua versão dos fatos. Em depoimento, ele confessou ter matado a esposa por uma suposta traição. A polícia agora tem dez dias para concluir o inquérito e depois enviar para o judiciário que decidirá se o padeiro permanecerá preso. Vale ressaltar que, horas antes de se entregar, Juliano fez publicações nas redes sociais para "se defender" e ainda chegou a ameaçar um suposto amante de Mikaele. Em uma das mensagem, o padeiro chegou a alegar que haviam ateado fogo na casa de sua mãe, mas foi desmentido por uma moradora que comentou. O autor do crime disse ainda que amava a esposa e os filhos. Ele afirmou que agiu pela emoção e que pagaria pelo erro. Em seguida, ameaçou um suposto amante da vítima, identificado apenas como Jhony, conhecido como "Zeus". “A gente se encontra malandro”, finalizou o homem. O caso – Mikaele foi encontrada morta, pelo padrasto, dentro do banheiro da casa. Após o crime, o padeiro enviou um áudio para o homem contando que havia “feito merda” e pedindo para que ele fosse olhar o corpo. Na mensagem, ele ainda afirmou que havia descoberto uma traição e por isso matou a mulher. Assim que o padrasto da vítima chegou na casa, ele se deparou com Mikaele ensanguentada e com diversas perfurações pelo corpo. Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Perícia estiveram na casa. Juliano teria fugido com os filhos em um Corsa Wind, branco. Os dois viviam juntos há 7 anos, o crime ficou registrado pela Polícia Civil de Anastácio como “feminicídio majorado na presença de descendentes de vítima”, já que as duas crianças, filhas do casal, estavam na casa, um menino de 1 ano e uma menina de 4 anos. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News. (*) Matéria alterada às 23h16 para correção de informações.