No 2º maior colégio, 1ª da fila foi votar sem saber em qual candidato

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Com 8.037 eleitores, a Escola Dr. Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaubas, é o segundo maior colégio eleitoral de Campo Grande e por lá, a fila começou a se formar já por volta das 5h. A ansiedade para votar não se deve, no entanto, a eleger o próprio candidato, já que a primeira pessoa da fila ainda não havia decidido para qual iria seu voto. "Deus vai tocar no coração", disse a aposentada Maurina Alves da Silva, de 63 anos. Ela mora no Bairro Los Angeles e chegou na escola às 5h para garantir o primeiro lugar porque tem problemas de saúde e não pode passar por situações de ansiedade, que para a aposentada, é gerada por locais com aglomeração. O problema é sequela da covid-19, ela ficou um mês internada por causa da doença e desde então, precisa evitar locais com grande número de pessoas para não ter taquicardia, além de ter dificuldades de locomoção e de visão. A indecisão também é sequela dos problemas de saúde, por assim dizer. Ela escolheu ficar alheia aos debates e propagandas eleitorais justamente para não ficar ansiosa, e por isso ainda não tinha se decidido por um candidato específico. Contudo, garantiu que conhecem quem são e que não anulará o voto. A fila foi se intensificando com o passar das horas e perto das 7h, horário marcado para iniciar a votação em todo Brasil, ela já estava dando volta na rua. O colégio abriu com atraso de 3 minutos, pouco tempo que gerou irritação ao eleitores, que se aglomeraram em volta do portão. Após o incidente, o fluxo seguiu normalmente, sem transtornos. O auxiliar administrativo Adilsom Cursino Silveira, 48 anos, foi outro que chegou cedo para garantir o direito de cidadão. Ele é cadeirante, perdeu o movimento das pernas com 3 anos devido à poliomielite e acredita que o voto tenha a capacidade de interferir na acessibilidade de pessoas PCD's (Pessoas com Deficiência). "Por exemplo, a vacinação da pólio está baixa, temos que escolher representantes que olhem para essa situação", apontou. Ele morou em Sidrolândia por 8 anos, município a 70 quilômetros de Campo Grande, e nunca deixou de votar. Transferiu o título quando mudou para lá, e quando retornou para a Capital. "Transferi meu título, nunca deixei de votar. Tenho quatro netas e reforço sempre para vacinação, jamais vou querer um neto meu assim, é uma forma de cobrar das autoridades porque a política está em tudo", completou. O horário de votação nas Eleições 2022 foi unificado em todo o Brasil. No segundo turno, valem as mesmas regras do primeiro: de 7h às 16h em Mato Grosso do Sul. Alguns estados, devido ao fuso horário diferenciado, começam a votação mais cedo. Vale ressaltar que os eleitores que estiverem na fila para votar antes das 17h terão seu direito garantido mesmo com o encerramento do horário. Para votar, é necessário levar apenas um documento de identificação oficial com foto, a apresentação do título de eleitor não é obrigatória. Também é possível votar a com a versão digital do título, obtida no Título, obtida no e-Título, aplicativo gratuito da Justiça Eleitoral. Se a sua foto já aparecer por lá, o app servirá de documento oficial de identificação.

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