Mercadinhos em condomínio facilitam vida de morador e são “febre” de empresários

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Aos poucos, eles vão se multiplicando em condomínios de Campo Grande e quem investiu no ramo não se arrepende. Os mercadinhos facilitam demais a vida de moradores e são sinônimo de renda para empreendedores que conseguem entrar e crescer no negócio dedicando-se ao trabalho, em média, cinco horas por dia, porque as compras são feitas por autoatendimento. Além disso, querendo melhorias para os condôminos, os síndicos abrem espaço gratuito, na maioria das vezes. É por isso que, com seus prós e contras, os mercados em condomínios estão em ascensão. Quem resolveu se aventurar em um negócio em que a tecnologia é o principal mecanismo para fazer a coisa funcionar e evitar perdas, hoje, já planeja investir em franqueados. No mercadinho, sem qualquer funcionário fazendo cobranças, os moradores compram por aplicativo ou passam os produtos nos leitores e pagam com cartão de crédito, débito ou Pix. As formas de pagamento variam conforme o sistema do mercado. Os empresários Gislaine Gardim e Adriano Amaral abriram a primeira unidade do Nosso Empório Mini Mercado há cerca de nove meses, tempo suficiente para ver que a expansão do mercado imobiliário na Capital vai abrindo, cada vez mais, caminho para quem quer investir na área. Gestora de seis unidades em condomínios e um mercadinho em uma academia, Gislaine conta que o negócio vem dando certo e a ideia é fazer franqueados. O primeiro mercado foi inaugurado no Damha II. “Estamos em fase de planejamento para lançar a franquia. Hoje em dia, para ser franqueado nesse ramo o investimento gira em torno de R$ 25 mil, além dos produtos e equipamentos, que podem custar de R$ 30 a R$ 40 mil, caso seja um mercado em condomínio de classe A. Estamos planejando liberar para os 50 primeiros franqueados por R$ 12 mil, mais os royalties”, detalha Gislaine. A pergunta que todo mundo faz: e os furtos? Ela explica que existem, mas depende do perfil de cada condomínio. “Em alguns, de classe mais baixa, tivemos mais problemas. Já em condomínios de classe A há também as pessoas, muitas vezes, visitantes, que levam sem pagar alguma coisa, mas é mais fácil de controlarmos e fazermos a cobrança”, explica Gislaine. No Village das Pedras, que fica no Bairro Coopharádio, o morador Nelson Corrales, de 56 anos, gostou tanto da experiência que já planeja abrir um mercadinho em outro condomínio, onde ele atua como síndico, o José de Alencar 3, no Jardim Monte Alegre. “O mercado fica em um contêiner. Tem sorvete, mantimento para churrasco, tudo que a gente precisa emergencialmente. É muito prático e a comunidade fez adesão total, estão todos muitos satisfeitos. Não concorre com mercados comuns, mas também não tem uma diferença tão grande de preço”, comenta Nelson. Por exemplo, um café que custa R$ 15,00 sai por algo em torno de R$ 2,50 a mais, segundo Nelson. "Não é um absurdo. Atende tranquilamente quem precisa de um produto com urgência. Sem falar que o morador sai com a roupa que está, não pega trânsito, não tem risco de ser assaltado se for comprar uma bebida para uma festa à noite ou de ser pego em uma blitz se tiver bebido”, avalia Nelson. O síndico do Village das Pedras, Milton Jarcen, conta que o contêiner com o mercado está lá há cerca de seis meses. Ele procurou a empresa porque os moradores acharam boa a ideia de ter um mercado. "São 516 itens no mercado, quase tudo que precisamos com urgência. O condomínio não tem despesa nenhuma com o mercadinho. Nós apenas cedemos o espaço gratuitamente, porque é bom para os moradores. Nunca nos relataram algo sobre furtos. Tem quatro câmeras dentro e duas fora. É bem difícil alguém furtar porque sabe que vai ser visto”, conta Milton. No Village, o repositor Ed Menezes, de 40 anos, conta que coloca poucos produtos de casa na hora de repor. "Em geral, a gente repõe três vezes por semana, mas em condomínios maiores a demanda é muito grande. É uma comodidade muito grande para o morador", explica ele, enquanto repõe produtos no contêiner.

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