Ação da Iagro (Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal), em parceria com os serviços de inspeção animal do Brasil e Paraguai, recuperou 230 cabeças de gado que foram furtadas de uma fazenda em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Os bovinos, com valor de mercado de aproximadamente R$ 1 milhão, foram furtados no início de novembro. Conforme o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, após o furto, os gados foram levados até uma propriedade na região de Filadélfia, no Paraguai, a aproximadamente 150 quilômetros da fronteira com o Brasil. "Ao tomarmos conhecimento do caso, realizamos uma ação conjunta que envolveu o Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai), a Brigada anti-abigeato do Alto Paraguai e os técnicos da Iagro. O trabalho envolveu a inteligência da fronteira que realiza o monitoramento de rodovias. Realizamos uma operação conjunta que também envolveu a polícia brasileira e a paraguaia. Nossa equipe técnica esteve na propriedade e foi confirmado através das marcas que realmente era o gado que havia sido roubado", salientou. A equipe ainda identificou e inspecionou o estado sanitário dos animais. Eles não tinham sinais de lesões de enfermidades vesiculares e outras doenças infectocontagiosas, sendo restituídos à vítima. Os técnicos da Iagro também fizeram o protocolo sanitário, que inclui vacinação, quarentena e acompanhamento técnico. Parceria – Daniel explicou que a ação eficaz se deu pela parceria entre os serviços de inspeção animal do Brasil e Paraguai, também pela eficiência do sistema de monitoramento e vigilância integrado da fronteira. Ingold citou que Mato Grosso do Sul tem um termo de cooperação entre o Senacsa e Iagro, que estabelece as medidas de interesse mútuo, como criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de área livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres da doença sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional. O convênio ainda prevê o compartilhamento de informações de interesse sanitário (marca do rebanho, documentos de trânsito animal, entre outros), acompanhamento bilateral de atividades executadas e a fiscalização de trânsito agropecuário até 15 km a partir da linha de fronteira entre MS e o Paraguai. Daniel também ressaltou a importância da parceria também com os produtores rurais. "Essa comunicação integrada com os produtores nos garante mais eficácia nesse trabalho. Temos que atuar em conjunto com a classe produtora para evitar justamente esses roubos para seguirmos sempre com ações de sucesso", concluiu. O diretor do Senacsa, José Carlos Martin Comperchioli, afirmou que os órgãos estarão em "posição de alerta máximo para ajudar a cuidar a movimentação do gado".