Emiliano Adulfo Lopes Fernandes, 52, foi preso nesta terça-feira (8) em território paraguaio, 18 meses após matar a esposa e enterrar o corpo no quintal da casa, em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande. Filipa Moreno Ojeda, 33, desapareceu no dia 16 de maio de 2021 e o corpo foi encontrado na cova rasa no dia 19 de agosto. Naquele dia, Emiliano já tinha fugido da fronteira. O feminicida foi localizado por agentes da Polícia Nacional na manhã de hoje no bairro 8 de Dezembro, em San Alberto, cidade localizada no departamento de Alto Paraná, a 370 quilômetros de Ponta Porã e a 130 de Sete Quedas. Emiliano conduzia um carro da marca Toyota quando foi parado pelos policiais. Segundo o subcomissário Édgar Sanabria, o homem apresentou documento em nome de outra pessoa, mas os agentes paraguaios entraram em contato com policiais brasileiros e descobriram a verdadeira identidade do criminoso. O crime – Filipa Ojeda foi morta com pancada na cabeça e pelo menos duas facadas no pescoço. A causa da morte foi identificada pelo legista da Polícia Civil durante autópsia após os restos mortais serem retirados da cova rasa, no quintal da casa onde ela morava com Emiliano, na Rua Carmelo Puléo, no Jardim Primor. Com vários antecedentes criminais, Emiliano já tinha sido preso por violência doméstica contra Filipa e denunciado várias outras vezes pela mulher. Segundo familiares, ela desapareceu em 16 de maio, data em que viu o status do aplicativo WhatsApp pela última vez. Entretanto, a família só registrou o desaparecimento no dia 20 de julho. Emiliano chegou a ser chamado para prestar depoimento na Delegacia da Mulher em Ponta Porã, mas apresentou a mesma versão que tinha dado aos irmãos de Filipa, de que ela havia viajado para Naviraí para tratar de uma herança e depois teria ido embora de casa. Convincente, ele foi liberado e depois desapareceu da fronteira. No dia 19 de agosto, a Guarda Civil Municipal Fronteira recebeu denúncia anônima de que Emiliano tinha matado a mulher e enterrado o corpo no fundo do quintal. Policiais civis foram avisados e junto com os guardas encontraram a cova onde estava o corpo. A prisão de Emiliano foi comunicada ao Ministério Público do Paraguai para início do processo de expulsão do brasileiro daquele país. Ele será entregue à polícia sul-mato-grossense.