Homem que atirou em mecânico é preso e acusa empresário morto de ser mandante

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Investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul chegou ao homem suspeito de tentar matar um mecânico em Costa Rica, cidade a 284 quilômetros de Campo Grande. Ele seria o executor do crime e foi preso em Alto Araguaia (MT), nesta segunda-feira (21). À polícia, afirmou que agiu a mando do empresário João Batista Alves, o “João TJ”, por alta quantia em dinheiro. João cometeu suicídio três dias depois do mecânico ser baleado. O crime ocorreu no sábado, 12 de novembro, em Costa Rica e o mecânico segue internado em estado grave, na Santa Casa da Capital. Ele era funcionário do empresário João TJ e os dois tiveram desentendimento na relação de trabalho. À polícia, o homem preso nesta segunda, que não teve o nome divulgado, informou que conheceu o mandante do crime em uma clínica de reabilitação há cerca de um mês. “O mandante [empresário] prestava serviços comunitários, pois ele foi preso há quatro anos por porte ilegal de arma de fogo aqui na região. O executor, que foi preso hoje, também estava internado nessa clínica para fazer tratamento contra dependência”, explica o delegado Caique Ducatti. João, na versão do preso, pediu para matar um funcionário "traficante e que estava ameaçando sua família". Contudo, durante a prisão, o executor foi informado que o mecânico é uma pessoa honesta e idônea. Nesste momento, o executor chorou. "Ele falou 'tomara que ele esteja vivo, porque eu realmente achava que ele era um traficante e por isso topei fazer o serviço'”, relatou o delegado. O empresário teria, inclusive, fornecido a arma utilizada no crime. Fichado – Ducatti revelou que o executor preso em MT tem mais de 60 anos de condenação por crimes no estado do Mato Grosso e havia cumprido 15 anos na prisão. Atualmente, estava no regime semiaberto. “É importante deixar claro que ele [o autor] não é de Costa Rica. Ele veio de Rondonópolis há dois anos fazer tratamento nessa clínica e acabou conseguindo um emprego no local, fazia a gestão e tomava conta de lá”. Ele teve a prisão preventiva decretada e o inquérito policial tem o prazo de 10 dias para ser encerrado. Posteriormente, será comunicado para o Judiciário para que ele passe por julgamento no Tribunal do Júri. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão, segundo o delegado, e deve ser cumprida parte em MS e parte no estado vizinho, uma vez que ele ainda tem pendências com a justiça mato-grossense. Morte – João Batista Alves era empresário conhecido em Costa Rica e região, no ramo de auto peças. Ele foi encontrado com um tiro na cabeça em sua fazenda em Alcinópolis, segundo informações da Polícia Militar. Familiares prestaram os primeiros socorros e o levaram ao hospital da cidade onde chegou sem vida. O caso foi registrado como suicídio.

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