Conversas pela manhã deixarão saudades, diz irmã de idosa que morreu por asfixia

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Se tinha uma coisa que Florença gostava, era de conversar com as irmãs. As ligações, logo pela manhã, eram rotina. "Sempre fomos unidas. Todo dia de manhã ela ligava para mim, para nossas irmãs e ficava conversando", lembra a dona de casa Guadalupe Leon dos Santos, de 52 anos. Na terça-feira (1), a artesã Florença Leon, 57, faleceu por asfixia, segurando nos braços o cachorro de estimação durante incêndio em casa no Bairro Coophavila, em Campo Grande. A irmã Guadalupe conversou com a reportagem do Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (3), enquanto acompanhava o velório de Florença. Guadalupe conta que eram em quatro irmãs, muito unidas. "Ela era uma pessoa amorosa, sempre fomos unidas e direto íamos na casa dela". Na semana do feriado de outubro, as irmãs passaram a semana juntas em uma chácara em Palmeiras. "Eu creio que nosso fim de semana na chácara foi uma despedida, porque nunca dava certo de ir nós quatro juntas, mas dessa vez deu. Foi uma lembrança boa, rimos muito e brincamos", conta. Sobre o incêndio na casa, Guadalupe não acredita que a irmã deixou algum aparelho ligado. "Ela nunca deixou nada ligado, nem celular ela deixava. No dia que eu fui na casa dela, há três meses, a luz estava piscando e ela comentou que estava dando problema. Falei para avisar a dona da casa, porque era alugada", lembra. Guadalupe afirma que Florença não tinha filhos. "O cachorro que era o companheiro dela, estava com ele há uns cinco meses, o nome dele era Bob". A sobrinha de Florença, a dona de casa Cristiane Coppes, de 42 anos, contou que não sabe o que causou o incêndio, mas que a perícia ainda vai na casa. "O cômodo que pegou fogo foi onde ela fazia o artesanato e ela estava no quarto, que é do lado desse cômodo. Estão falando que tinha várias coisas ligadas no T, mas é mentira. Se tivesse algo na tomada, teria ficado pendurado, mas a makita e a furadeira estavam intactas no quarto que ela estava". Incêndio – A vizinha de Florença, Maria Assunção, de 56 anos, suspeita que o fogo tenha começado com curto-circuito em adaptador de tomadas que parecia perigoso. Quando os bombeiros chegaram e apagaram as chamas, encontraram a mulher e o cachorro nos braços dela. “Eu alertei ela. Falei que era perigoso aquele monte de fio no T. Falei que aquilo podia pegar fogo. Minha sobrinha me avisou que estava saindo fumaça e fomos lá correndo desesperadas, mas o portão estava fechado. Chamamos, gritamos, mas ela não saiu. Minha mãe ficou tão desesperada que tentou até subir na grade”, disse Maria Assunção.

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