Quando João nasceu, Ingrid dos Santos Kalil Dipe imaginou que todos seus sentimentos seriam apenas de alegria pelo primeiro filho, mas um diagnóstico de câncer de mama levou o medo para integrar sua vida. Quase dois anos depois, a mãe segue com o tratamento e conta com a solidariedade para tentar comprar um medicamento essencial que ainda não foi cedido pelo SUS. “Depois que o médico falou que o diagnóstico era de câncer parece que não ouvi mais nada na sala. Ficou um silêncio terrível”, relembra Ingrid. Desde o veredito sobre as dores que ela sentia, a mãe já passou por várias etapas de tratamento e desespero, mas conta que hoje olha cada detalhe da vida de uma forma diferente. Detalhando sobre o período inicial, Ingrid narra que durante a gravidez descobriu um nódulo, mas não sabia que era cancerígeno. “Quando fui ao obstetra, esse seio que tinha o nódulo já soltava o colostro. Questionei e ele falou que eu só estava tendo leite e que iria acompanhar”. Ao fim da gestação, o seio começou a doer e esquentar, mas mesmo com um novo questionamento não houve nenhum diagnóstico do obstetra. Na época, Ingrid apenas recebeu uma medicação para dor e acreditou que tudo estava bem. Em dezembro de 2020, João nasceu e mesmo tendo se preparado para algumas dores durante a amamentação, ela conta que o primeiro fez foi um sofrimento que jamais imaginaria. Isso porque as dores realmente não eram relativas à gravidez ou à amamentação. “Tentei amamentar durante um mês e foi o mês mais sofrido que eu consigo imaginar com relação à dor. O seio esquerdo, que tinha o nódulo, doía demais. Várias vezes cheguei a delirar com febre”, relembra Ingrid. Como as dores não passavam, ela procurou um novo médico através do SUS para fazer mamografia, mas a fila já era grande. “Fui ver um médico particular, mas a biopsia era caríssima e não consegui. Tempos depois conseguimos uma consulta no SUS e aí sim tive acesso ao Alfredo Abrão”. Devido à demora para conseguir atendimento, Ingrid descobriu que o câncer já havia se espalhado para o tórax e, desde então, o tratamento não parou mais. Em meio às sessões de quimioterapia e medo, cada sentimento precisou ser acalmado até que a vida fosse sendo retomada aos poucos. “No início, fiquei um mês longe do meu filho. Eu ficava muito acamada, não podia nem abraçar ele. Depois seu organismo vai se acostumando e se adaptando. Hoje eu penso que enxergo a vida com outros olhos porque posso não estar aqui outro dia”, diz Ingrid. Com isso em mente, a mãe começou a tentar abrir o sorriso mesmo em meio aos enjoos e preocupações. “Prefiro levar tudo com muita alegria, quero viver feliz com meu casamento, fazer memórias com meu filho. Quero que ele seja forte, então não tenho espaço para não viver sorrindo”. Nesses quase dois anos com câncer de mama com metástase óssea, Ingrid passou por quimioterapia, radioterapia e medicamentos variados. Hoje, ela aguarda decisão jurídica para receber uma medicação que custa mais de R$ 8 mil a cada 100ml. Por saber do risco de vida, Diego, seu marido, decidiu criar duas opções para quem puder ajudar. Uma é a vaquinha e a outra é uma rifa de novilha ou R$ 4 mil para o vencedor, dependendo da preferência, que será sorteada assim que todos os números forem vendidos. Para ajudar, o link da vaquinha é www.vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-cancer-de-mama-da-ingrid e para acessar a rifa é só clicar aqui . Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) .