Quatro estudantes do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, foram os primeiros sul-mato-grossenses a serem selecionados para participar da HMUN (Harvard Model United Nations), uma simulação da ONU (Organização das Nações Unidas) em Harvard, nos Estados Unidos, entre os dias 26 e 29 de janeiro de 2023. A estudante do segundo ano Mariana Vargas Lopes, de 15 anos, ressalta que, mesmo com pouca experiência, conseguiram bom desempenho na prova que é bem concorrida. “Por ser uma extracurricular de Harvard, que reúne centenas de adolescentes do mundo todo, com certeza foi concorrido.” Mesmo com pouca experiência em simulações da ONU, acredito que o que mais pesou foram nossas respostas no formulário, como o porquê que gostaríamos de participar, representar tais países e etc. Mas foi um grande choque quando recebemos os resultados, pois já faziam meses que tínhamos submetido a inscrição, então estávamos um pouco desanimados já", disse Mariana. O estudante de terceiro ano Natanael Ribeiro Teixeira, de 17 anos, relata que se surpreendeu com a aprovação e espera que a viagem traga boas experiências. “Nós não esperávamos ser aprovados na conferência, por ser Harvard. Em uma sexta-feira aleatória, olhei a plataforma de controle e vi que fomos aprovados.” “Saí correndo da sala pra contar às meninas e ficamos muito felizes e emocionados. Nunca estivemos nos Estados Unidos e nem em Harvard, por isso, vai ser uma viagem dois em um: cultura e debate”, disse o jovem, que pretende cursar Direito no Brasil ou Ciências Políticas nos Estados Unidos. A equipe é formada também pela estudante do terceiro ano Raquel Braiani Pinheiro, de 17 anos, que também quer Direito ou Ciências Políticas, enquanto Mariana e Beatrice pretendem estar envolvidas com as áreas biológicas. “A gente reconhece o IFMS como fundamental para nossa aprovação neste processo, principalmente pela questão dos pilares de ciência, inovação e muitas oportunidades de pesquisa também. Entendemos que não são todos os jovens que têm as mesmas oportunidades, então, nós utilizamos tudo que tínhamos e tivemos muito esse apoio", disse Raquel. Vaquinha – A estudante de terceiro ano Beatrice Fernanda Martins Brixner, de 17 anos, afirma que a vaquinha surgiu para tentar arrecadar recursos. “A ideia da vaquinha surgiu como a melhor forma de divulgar a arrecadação por meio da Internet, sendo de suma importância pela facilidade de realizar a doação.” Natanael destacou em suas redes sociais a campanha para que ajudem nos custos, que incluem transporte e estadia. “Criamos essa vaquinha para arrecadarmos valores para contribuir com os custos totais da viagem que estão estimados em R$ 50 mil. O valor refere-se ao pagamento das passagens, hotel e gastos com a documentação, bem como a taxa de inscrição”. “Se a meta não for alcançada buscaremos mais instituições para parceria e juntamos os valores que temos individualmente e com familiares. Assim, considerando que ainda não possuímos o valor ou boa parte dele, a vaquinha se torna importante para contribuir no processo”. As doações podem ser feitas por meio da plataforma digital de arrecadação Vakinha, neste link . Até ontem (26), havia R$ 925,09 arrecadados, cerca de 1,8% do total necessário. Além disso, transferências também podem ser feitas por meio do Pix: (67) 99204-4823. Prova – A HMUN é a principal simulação da ONU para estudantes de Ensino Médio e 9° ano e conta com mais de 4 mil participantes de 50 países diferentes que são selecionados através de um processo seletivo. O evento acontece na cidade estadunidense de Boston, em Massachusetts, e reúne os “jovens líderes mais promissores de todo o mundo para a discussão de problemas globais em mais de 30 comitês”, segundo publicação oficial da ONU. “Essa aprovação vem também com papel muito forte, uma missão global muito forte de cidadania, então, posteriormente, queremos utilizar esses conhecimentos que a gente obteve na conferência e também as oportunidades que nos foram apresentadas ao longo do caminho", disse Raquel. Habilidades como oratória, liderança e negociação são potencializadas, “propiciando um conhecimento mais amplo sobre problemáticas mundiais e proporcionando uma experiência inesquecível com pessoas de vários lugares do mundo”. “Trabalhar para que outros jovens tenham oportunidade parecidas para que futuramente a gente crie esse ambiente saudável e de apoio como a gente recebeu", finalizou a estudante.