Cada vestido de noiva deu um trabalho diferente, porém os três foram feitos à mão com muito amor e carinho por Sirlei Aparecida Mendonça, de 62 anos. A costureira fez as peças para as três noras que são vistas como filhas que a vida deu. Nos últimos anos, Sirlei sempre trabalhou em lojas e ateliês onde diz ter ganho prática com a costura. “Eu sou costureira, mas nunca tive ateliê e local próprio. Sempre trabalhei fora, cada lugar fui aperfeiçoando”, afirma. Apesar dos anos de experiências, vestidos de noiva sob medida, ela só fez para Thaynara Dark Mendonça, de 27 anos, Deise Souza Fernandes Mendonça, de 31 anos, e Ana Paula Oshiro da Silva, de 29 anos. Para elas, Sirlei produziu peças diferentes e seguindo o gosto particular de cada uma. A tradição de confeccionar o vestido para as noras começou com Thaynara, que casou em setembro de 2015. A costureira comenta que essa foi a forma de contribuir com a cerimônia e ajudar Thaynara a economizar. “Foi uma forma para que eu pudesse ajudá-la. Invés de alugar ou comprar, sugeri de comprar o tecido. Foi do gosto dela, do jeito que ela queria, ela escolheu o modelo e foi sob medida. Ele tem o corpo de renda, coloquei a mão as pedras e saia de cetim”, diz. O resultado, segundo Thaynara, ficou melhor que o esperado. “Pra mim foi perfeito porque além de ter um vestido de noiva eu teria um vestido exclusivo e feito pra mim. […] O vestido ficou além do que eu imaginava, ficou muito mais bonito do que a referência que eu tinha”, afirma. Em 2016 foi a vez de Deise subir ao altar e Sirlei mais uma vez correu para a máquina de costura. Deise conta que ganhou duas peças da sogra uma para cada celebração. “Ela já havia feito o vestido da minha cunhada e gostaria de fazer o meu também. Ela fez o vestido do dia do cartório e o do casamento religioso”, fala. Sirlei explica que elaborou o vestido para que ele ficasse confortável tanto na cerimônia, quanto na festa. “Sugeri pra ela de fazer algo que fosse do jeito que ela queria uma saia com cauda e justo. Quando terminasse a cerimônia, ela poderia tirar e ficar com o vestido curtinho”, explica. A última nora a ser agraciada com um vestido personalizado foi a Ana Paula, que casou na última quarta-feira, 07. Por saber que a sogra é talentosa e caprichosa, a jornalista não pensou duas vezes em pedir. Ela bem que tentou recompensar Sirlei pelo trabalho, mas a costureira não deixou. “No início eu quis pagar pelo serviço, já que é a fonte de renda dela, mas ela não aceitou de jeito nenhum e disse que seria presente pra mim. Mostrei uma foto de referência e junto com ela e minha mãe chegamos no vestido final”, comenta. Para Ana, que optou por casar somente no civil e celebrar com um jantar intimista, o traje deu um toque especial à ocasião. "Não teve cerimônia religiosa, só fizemos um jantar com a família e poucos amigos, mas foi o vestido que fez tudo ficar com cara de casamento de verdade, porque eu realmente estava como uma noiva”, destaca. Enquanto para elas, os vestidos são presentes memoráveis, para Sirlei é só uma forma de expressar carinho às filhas que ganhou. “Eu dizia pra eles que eu não queria uma nora, eu queria uma filha. Como eu não tenho, considero elas como filhas. Eu sei que o que eu precisar, qualquer uma das três irá fazer pra mim. Eu tô tranquila, porque eu sei que eles estão bem cuidados”, conclui Sirlei. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).