Em sabatina na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), na manhã desta segunda-feira (24), o candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB) falou em metas de adequação de estradas para potencializar a logística e aplicar recursos nas áreas da educação, saúde, social e segurança, que impactam o setor. Sobre impostos, Riedel se comprometeu a brigar por reforma nacional e fazer minirreforma em Mato Grosso do Sul para desonerar segmentos mais penalizados. O candidato citou projetos para determinadas rodovias que, nas palavras dele, compõem a “espinha de peixe” para escoamento pela rota bioceânica. Competitividade – Riedel explicou que as estratégias estão prontas para se tornarem o PPA (Plano Plurianual) de 2023 e pediu que os integrantes do setor produtivo avaliem o planejamento de cada candidato antes de escolher em quem votar. “Temos que, cada vez mais, dar ao setor produtivo competitividade. Quando falamos em eficiência da estrutura pública é justamente sobrar recurso para que a gente possa investir e gerar essa competitividade e tem alguns eixos para que isso ocorra. O primeiro é a política fiscal que o Estado entrega, que tem que ser isonômica e o segundo é a logística", destacou Riedel. O candidato lembrou que Mato Grosso do Sul tem 3 milhões de habitantes e não se pode pensar que as empresas vão se instalar e focar sua produção no consumo de MS apenas. "Então temos que dar infraestrutura logística, em todos os segmentos, estamos falando do agro, importação de insumos e matéria prima, seja combustível, seja fertilizante”, explicou. Investimentos – Entre as diversas perguntas que respondeu, Riedel disse que o Estado tem 160 mil “excluídos”, referindo-se a pessoas de baixa renda e com pouca ou nenhuma qualificação para o trabalho, ou seja, sem condições de ocupar as vagas que a indústria oferece. “Temos o projeto Cesta Cidadania para resgatar esse contingente e buscar território com tecnologias e soluções. A maioria desse público é composta por pessoas com mais de 60 anos. Temos que fazer qualificação em massa”, disse Riedel. O candidato falou ainda sobre a importância do capital privado e mencionou planos para diversas estradas, como duplicação, concessão e privatização. Ele lembrou que o ex-ministro de Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio Freitas, ficou impressionado com o trabalho feito na MS-360, em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros da Capital. “Com 3% do orçamento para integrar não vamos conseguir, precisamos de 15% para uma mudança estrutural. Só conseguimos fazer isso com atração do capital privado. A meta é entregar a BR-158 e a BR-112 para privatizar”, detalhou o candidato. Escoamento – Riedel falou ainda sobre a importância do Estado do Paraná e Paraguai no escoamento e como garantir a integração com o Pantanal, fazendo a ligação com a SP-214 e SP-228. “Há dois anos, recebi pedido para fazer ligação de Corumbá a Porto Murtinho pela BR-267 A BR-316 em Costa Rica tem que ser concessionada”, comentou. “Tem todo um eixo norte e sul que não tem estrada para escoamento da soja. Seria uma espinha de peixe. Todas faziam conexões com a rota bioceânica. É urgente a duplicação da BR-267 e BR-262”, disse Riedel, referindo-se a rota que se abrirá com a finalização da obra em andamento da ponte entre Porto Murtinho, no Brasil, e Carmelo Peralta, no Paraguai. Questionado sobre o pagamento de incentivos aos produtores, Riedel defendeu a criação de condições para que o governo consiga fazer os pagamentos, porque o Estado tem muita capacidade para tal. No encerramento, Riedel fez um alerta sobre o plano de governo. “Peço que olhem o plano de governo de cada candidato. Não vão por nenhum tipo de onda, que possa aparecer, na hora de tomar decisão. O nosso plano de governo acaba virando o PPA 2023. Já está tudo no papel”, finalizou.