A companhia aérea Azul foi condenada a pagar R$ 75 mil a uma família que teve cancelamento no voo, com possibilidade de multas por atraso. Cada uma das cinco pessoas que moveram a ação ganharão R$ 15 mil, e houve também reembolso de aproximadamente R$ 5 mil de custos feitos para que eles voltassem para casa. Segundo a defesa das vítimas, a família tirou férias em Florianópolis (SC) e desceram em Curitiba (PR), onde rumaram de carro com direção à capital catarinense. A previsão de retorno era 17 de janeiro de 2022, com embarque em território curitibano. Alguns dias antes da viagem de volta, o homem foi informado de que o voo foi alterado e que, agora, teria escala em Campinas (SP). Um dos fatores que desagradou a família foi que a filha do casal tem necessidades específicas e depende de uma cuidadora, que viajou junto. Conforme a petição, a menina utiliza cadeiras de rodas, não se comunica, tem dificuldades para usar o banheiro e requer alimentação em horários fixos. Prestes a retornar, a família foi informada, já em Curitiba, que o voo tinha sido cancelado e que iriam realocar os passageiros para o próximo final de semana, o que exigiria sete dias de estadia em outra cidade. Além disso, todos tinham compromissos – o homem é médico, a mulher é professora universitária, a outra filha é estudante de Medicina e a babá tiraria férias no dia 18. Desta forma, a família alugou dois carros para acomodar os cinco integrantes, malas e cadeira de rodas e viajaram até Campo Grande, em trajeto de aproximadamente 990 quilômetros. A viagem durou cerca de 16 horas, o que levaria 1h40 de avião, e os prejuízos foram de R$ 5.076,43. A defesa da Azul, por meio de contestação, alegou que as passagens foram compradas por intermediário e que prestaram os devidos suportes. Entretanto, a decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi favorável à família. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .