Partiu de dentro do maior presídio de Mato Grosso do Sul a ordem para o assalto a uma joalheria localizada no centro de Dourados, a 251 km de Campo Grande. O autor do plano, identificado apenas como “Pirata”, é integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e está recolhido na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Na segunda-feira (13), dois bandidos armados e “de cara limpa”, invadiram a loja localizada na Rua Nelson e Araújo, a 30 metros de um posto da Polícia Militar, e levaram quase meio milhão de reais em joias. Duas horas depois, os dois assaltantes e outros cinco envolvidos foram presos em ação conjunta da Polícia Civil e da PM. Um Gol prata, usado para dar apoio no assalto, está registrado em nome de um dos envolvidos, detalhe que ajudou a polícia a desvendar o crime. Quatro são adultos e três são adolescentes. Dos sete, três vieram do interior de São Paulo, designados pela facção para cumprir a ordem, e quatro moram em Dourados. Os quatro adultos passaram por audiência de custódia no final da tarde de ontem e todos tiveram o flagrante convertido em prisão preventiva pelo juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal. Com a decisão, os douradenses Maycon Jordan de Almeida Machado, 25, e Luiz Eduardo Soares Faoro, 20, que deram apoio no crime, vão continuar presos. Também continuam atrás das grades os dois homens que entraram na loja, Valdersons de Almeida dos Santos, 27, e Ygor Ferreira, 40, vindos de Presidente Prudente (SP). Além de Vandersons e Ygor, um adolescente de 17 anos também veio do interior paulista para praticar o assalto. Os outros dois adolescentes são a namorada de Maycon Jordan, de 17 anos, e um garoto de 15 anos, que junto com Luiz Eduardo Faoro hospedou os bandidos paulistas. O juiz também determinou perícia nos celulares apreendidos. Após a audiência de custódia, os adultos foram levados de volta para a carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde permanecem até serem levados para o presídio. Em depoimento ao SIG (Setor de Investigações Gerais), o único que permaneceu em silêncio sobre o assalto foi Ygor Ferreira. Os demais confessaram participação no crime e contaram que o plano foi elaborado pela facção criminosa.